Projeto desenvolve uma bateria que pode competir com as de Li-lon usadas atualmente.
Uma bateria desenvolvida por pesquisadores da Universidade de São Petersburgo, na Rússia, pode ser recarregada 10 vezes mais rápido que as atuais, feitas de íons de lítio (Lilon). As baterias de Li-lon são usadas em vários dispositivos, de celulares e wearables até notebooks. Apesar de ser encontrada em larga escala, ela ainda conta com os gargalos, como desgastes ao longo do tempo e superaquecimento.
O novo produto, por sua vez, conta com um componente diferente, o polímero. Esse material é conhecido por fazer parte da composição do plástico, mas a versão utilizada na bateria, à base de nitroxilia, faz com que o produto seja capaz de alimentar um dispositivo eletrônico.
Foi preciso uma série de testes para chegar a um material que representasse estabilidade e eficiência na execução da tarefa de fornecer energia a um aparelho. Após análises, o pesquisador de eletroquímica Oleg Levin afirma que as baterias são seguras. “Não há nada que possa representar um risco de combustão, ao contrário das baterias de cobalto que são amplamente difundidas hoje”, explica. Dentro da classe das baterias de cobalto, estão as de íon-lítio.
Na parte técnica, pode-se dizer que a nitroxila, um dos elementos principais, é a responsável por armazenar a energia. Dessa forma, o Ni-Salen (composto que associa um metal níquel, a nitroxilia, ao salen) resulta em uma combinação condutora e capaz de exercer a função de uma bateria. Portanto, os pesquisadores concluíram que os componentes permitem que os elementos realizem oxidações e reduções reversíveis, à medida que são descarregados e carregados.
Apesar da rapidez no carregamento, a capacidade da nova bateria é uma questão a ser trabalhada, visto que elas podem ser cerca de 30 a 40% menores em comparação com as de íons de lítio. Mesmo com esse entrave, os destaques da rapidez na recarga e até mesmo a resistência à baixa temperatura serve para evidenciá-la em relação às de Li-lon.
Ainda em termos de comparação, Levin também comenta sobre a bateria causar menos danos ambientais por trazer menos metal na composição. Mesmo usando níquel, a bateria russa deve apresentar vantagem em relação ao lítio usando na bateria comum, pois o componente aparece em menor quantidade.
Enquanto as novas baterias não chegam ao mercado, as já existentes buscam resultados melhores. A exemplo disso, a Xiaomi lançou recentemente o Mi Charger 120 W, com a promessa de recarregar um dos seus aparelhos, o Mi 10 Ultra, em apenas 23 minutos. Outra fabricante, a Doogee optou por investir nos mAh, criando o Doogee S88 Pro, com capacidade de 10.000 mAh, o que garante até 780 horas em repouso.
Além disso, a Apple também tem pensado em otimizações nesse sentido. Recentemente, a fabricante registrou a patente de um sistema para alertar o usuário caso a bateria não consiga durar até a próxima recarga estimada. Apesar da incerteza, espera-se que o resultado positivo do estudo faça com que a bateria alternativa ganhe espaço com o tempo.
Com informações de GizmoChina